A partir da década de 1950 o Brasil recebeu um novo meio de comunicação, a TV, e com ela veio uma nova forma de perceber e compreender o mundo. Desde então as televisões tem feito parte da família brasileira crescendo significativamente de 34 mil aparelhos na década de criação, aos mais de 50 milhões na atualidade.
Essa explosão se deve principalmente ao fato de as emissoras de TV aberta disponibilizarem os seus conteúdos de forma gratuita, o que facilita a acessibilidade das classes D e E, fazendo do Brasil o 3º maior consumidor de TVs do mundo, perdendo apenas para o Japão e para os EUA.
Com a evolução das emissoras, a programação cresce assustadoramente. Sem dúvida alguma, no Brasil, um dos programas mais populares são as novelas, que inicialmente eram importadas principalmente de Cuba, porém, atualmente são exportadas, já que o país é um grande produtor. As novelas fazem muito sucesso no Brasil e contribuem para mostrar um pouco da nossa história.
A questão-chave é: será que toda essa rápida propagação faz da TV uma “praga” entre nós? Teoricamente a resposta a essa questão é afirmativa, já que o número de aparelhos cresce assustadoramente, contudo, é inegável a contribuição desse meio de comunicação à sociedade, pois participa de forma efetiva e indispensável trazendo benefícios para toda a população. E é por tudo isso que não devemos ver “praga” como um termo pejorativo, mas sim como uma “praga do bem”, já que a TV trouxe revolução não somente na área tecnológica, mas também na produção de produtos midiáticos e culturais.
Essa “praga do bem” se instalou em nossos lares contribuindo para criação de novas percepções da realidade: através da TV conhecemos lugares que muitas vezes nem sabíamos que existiam, nos informamos sobre os principais acontecimentos no Brasil e no mundo e mesmo apesar de alguns programas massificarem as opiniões, a TV permite um maior desenvolvimento do nosso senso crítico, com a apresentação de programas que muitas vezes nos fazem refletir sobre a nossa existência.
O desafio da TV é, portanto, além de entreter a população, buscar novas formas de expressão, com programas mais educativos e que permitam à população desenvolver cada vez mais seu senso crítico, evitando uma massificação de ideologias, que muitas vezes percebemos em nossa sociedade.